sábado, 21 de maio de 2016

A Escola na Vida e a Vida na Escola



Betânia Silva


 Meu nome é Betânia Rodrigues Silva, tenho 43 anos, nasci em Maceió-Alagoas. Vim para Brasília com 1 mês de nascida, sou praticamente uma brasiliense nata. Morei até os meus 4 anos em Taguatinga, me mudei para Ceilândia para morar no conjunto de casas funcionais do antigo IPASE, hoje INSS. Meu pai era um dos beneficiários dessas casas, foi pioneiro, chegou aqui Brasília em 1957.

 
Fui matriculada com 7 anos de idade, lembro-me bem da minha primeira professora, além de muito boazinha era de uma didática excelente, não digo isso só por mim, mas de todas minhas irmãs que também tiveram o privilégio de serem alunas dela, professora Clarice. Foram alunas dela minhas irmãs Alzira hoje com 50 anos, Elisabete 47 anos, Regina 44 anos, eu, meu irmão Sérgio 42 e a caçula Simone 39 anos.

Não é fácil para crianças, iniciarem suas vidas escolares, pois ficamos distantes de nosso meio de conforto, que são nossos lares.
Termos professores, gestores, coordenadores, todos os envolvidos para o de um ambiente amigável, sociável, onde crianças, e jovens são preparados para a carreira profissional e o meio a uma sociedade em que vive é o ideal para qualquer criança.
E isso tudo existia na minha primeira escola, digo dos profissionais para com os alunos. Lógico que em toda escola tinha aquele professor mais severo e temido por todos.
Essa escola passou por mudanças em seu nome, quando fui matriculada era Centro Educacional 06 de Ceilândia, depois Centro Educacional 08 de Ceilândia, depois passou a se chamar Escola Normal de Ceilândia, e agora Escola Classe 64 de Ceilândia.
Foi um privilégio para todas essas gerações terem estudado nessa escola, e até hoje através de minhas amigas, hoje mães, terem seus filhos matriculados nela, são só elogios, sinal de que mantiveram ao longo de todos esses anos o lado bom da escola, o mundo mudou, a informática chegou, sua didática renovou, mas a educação continuou sendo praticada. 


Irenilda Lima
                                            


Meu nome é Irenilda Custódio de Lima, nasci em 7 de abril de 1989, na cidade de Ceilândia, Distrito Federal onde moro há 27 anos. No meu tempo de escola eu era uma aluna dedicada e esforçada, amava a escola me sentia acolhida, eu tinha um professor na terceira série chamado Francisco, ele tinha uns 60 anos e me tratava como filha, ele se preocupava com meu bem-estar não só como aluna mais como pessoa. Foi a escola que me ajudou com dores de cabeça diárias que eu sentia na infância, onde a própria diretora me pegava colocava em seu carro e me levava para a casa quando sentia essas dores, inclusive foi ela quem me levou para fazer um exame de vista descobrindo que a causa das minhas dores de cabeça era a visão, cuidando para que a falta de visão não prejudicasse meu aprendizado.  
Escola Classe 56 de Ceilãnd


Escola Classe 60 de Ceilândia
                                                                                Estudei da primeira a quinta série na escola classe 56 de Ceilândia, como a escola era de educação infantil até a quinta serie tive que ir para uma outra escola há poucos metros da atual fui para a escola classe 60 de Ceilândia minha experiência nessa escola foi péssima não me senti em casa, vi coisas que sequer sabia que existiam, eu sabia que lá não era meu lugar, não sei se por gestão escolar ou o que fez aquela escola ser tão ruim mais é considerada a pior escola do meu bairro. Na sala em que eu estudava, os alunos se drogavam em sala de aula e vendiam droga. Frequentemente havia brigas e confusões na escola lembro-me certa vez que dois alunos brigaram na quadra da escola onde minha sala se encontrava no momento, o aluno irritado pulou o muro da escola e saiu ameaçando o seu rival de morte dizendo que voltaria armado, situação que fez com que a diretora mandasse todos os alunos da escola para casa, essa situação aconteceu muitas vezes durante o ano ,eu não gostei da escola esse ano, pois os alunos desrespeitavam os professores, quebravam e pinchavam a escola, e a diretora não podia fazer nada por medo de ameaças. 

Centro de ensino 17 de ceilandia

Assim que terminei a sétima série fui para outra escola o centro de ensino fundamental e médio 17, onde lá terminei o ensino médio, meus melhores tempos de escola vividos foi nessa escola, era muito legal, me senti acolhida assim como no primeiro dia de aula, não me deixei influenciar pela má experiência que tive na sexta série, e continuei sendo uma aluna dedicada e esforçada, interajo até hoje com muitos amigos que fiz nessa escola. Os professores eram muito legais e dedicados. Guardo boas lembranças da escola, dos amigos, debates, trabalhos, passeios, festas, feira de ciências e muito mais projetos legais que me fazem afirmar que a minha experiência na escola foi ótima, e agradeço a escola por parte do que sou hoje, pois a escola não me ensinou só educação escolar, me ensinou também muitas coisas da vida.


Janaína Oliveira 

                                       
Quando penso em minha vida escolar tenho mais lembranças boas do que ruins. Da pré-escola à 5ª série estudei na mesma instituição. Sempre estudei em escolas públicas e tive a sorte de contar com professores, na grande maioria, muito bons. Foi nessa escola que desde muito pequena já “sabia” que seria professora. E coincidentemente ou não, os professores sempre me pediam para ajudá-los nas atividades com os demais alunos. Eu era sempre a ajudante da professora; o que me fez querer cada vez mais essa profissão. Nessa época a educação era muito diferente dos dias de hoje. Os alunos respeitavam os professores e os pais confiavam nos professores dos seus filhos. É claro que em alguns casos os alunos não “respeitavam” e sim tinham medo do professor.                                                    
       O ensino era meio que jogado sim nas nossas cabeças. Até hoje não entendo bem o porquê de algumas coisas que éramos obrigados a decorar. Sim, DECORAR! Muitas vezes não sabíamos o real significado de aprender tal conteúdo. Mas de uma forma ou outra acabamos aprendendo apesar de muito do que foi apenas decorado se perder ao decorrer dos anos. Nós éramos cobrados e de certa forma essa cobrança surtia efeito. Atualmente eu vejo, em muitas escolas e é claro que não posso generalizar, uma falta de compromisso com a educação. O professor não pode cobrar o aluno. O aluno está praticamente mandando nos professores. Temos que andar em “cascas de ovos”, “os professores fingem que ensinam, os alunos fingem que aprendem, os diretores fingem que querem fazer alguma coisa para mudar a situação e o governo nem finge que não está nem aí”. Será que o governo tem mesmo interesse que os cidadãos sejam críticos e atuantes? Ou será melhor ter um povo “ignorante” e fácil de se levar? 
A questão do dinheiro abrange muita coisa. Essa é uma realidade que não está apenas nas escolas públicas não. Nem sempre a escola privada é melhor porque está sendo paga. Tem donos de escola que usam uma “maquiagem” no espaço físico afim de mostrar uma coisa e na verdade fazer outra. Não são apenas os professores da rede pública que não têm boas condições de trabalho. Muitas escola particulares também estão cheias de professores desmotivados por verem o dono só enricando, os seus pagamentos superbaixos, salas superlotadas alunos que não respeitam professores, não se respeitam entre si, você entra em turmas de 7º,  8º anos e fica perplexo ao ver que vários alunos não sabem escrever um texto simples e muitas vezes nem ler direito sabem. Podem até saber decodificar as palavras, mas se você perguntar o que está escrito não sabem te dizer. Não têm opinião. Sabem protestar sim, mas muitas        vezes não sabem nem sobre o que tanto protestam. O consumismo cresce cada vez mais e o povo fica cada vez mais voltado ao ter e ao ser pelo ter.




Leiridjeine Leal             


Minha vida escolar se iniciou com muita alegria, minha professora da pré-escola Maria Antonieta foi o ponta pé inicial para que eu me dedicasse aos meus estudos, tinha métodos maravilhosos para alfabetizar e fazia com que todos aprendêssemos brincando. Recordo-me que tinha dificuldade na leitura, e ela teve tanta paciência em me ensinar a forma correta, que até hoje me recordo do primeiro texto que lemos juntas “Ana Maria”.
Quando me lembro do ensino fundamental e do ensino médio parece que estou vendo o vídeo “A escola é chata”, meus professores tinham formas bem maçante de ensinar, sempre muito textuais. Sempre me dei bem em todas as matérias mais a que gostava era artes plásticas, acho que era por isso que me identificava mais com os professores dessas matérias, sempre fui a aluna quieta, sentava próxima a parede no meio da fileira, não conversava muito, sempre desenhando no caderno, meio que me escondia por causa da minha aparência, era muito gordinha e os famosos alunos “descolados” tiravam sarro de mim, talvez por isso não gostasse de educação física, foi assim até a 7° série, até que então na 8° conheci o professor que fez a diferença, Homero professor de matemática, tinha não só a preocupação de ensinar a matéria mas como também formar cidadãos dignos, ele tinha um lema “se quer que o outro mude de atitude, comece por você.”, foi aí que comecei a participar mais dos eventos escolares, ser mais comunicativa, sempre encorajado por ele.
Enfim no ensino médio tudo era diferente, professores mais próximos dos alunos, equipe pedagógica maravilhosa sempre em contato com os alunos. A escola não era mais “a escola chata”, porque eu havia mudado de atitude.
E hoje só tenho a agradecer a todos os meus professores, que de forma diferente cada um influencio no que eu me tornei!



Michele Ximenes
     


Minhas lembranças remetem ao tempo de ensino fundamental.

Achava um máximo ir à escola, adorava meus professores, colegas e outros funcionários do colégio.

Na escola sempre tinha gincanas, campeonatos, passeios e outras festividades. Sempre gostei de participar de tudo, minhas notas eram ótimas, gostava de todas as matérias. Até matemática que não sou muito boa, meu professor fazia a aula ficar superdivertida e interessante.

Um dos eventos que eu mais gostava era os tempos da ''festa junina'', todos os professores juntos com os alunos faziam as decorações para enfeitar a escola, era um verdadeiro trabalho coletivo e eu amava.


Nos dias de hoje os alunos ficam loucos para que cheguem as férias, no meu tempo queria que elas terminassem logo. Minha experiência no colégio foi maravilhosa; trago lembranças lindas.









         

Um comentário: