sábado, 21 de maio de 2016

Quando A Escola é de Vidro de Ruth Rocha



Quando a Escola é de Vidro ( Ruth Rocha)




Michele Ximenes


Muitas escolas ainda estão vinculadas com o passado. Precisam de uma
Mudança, sair da rotina. Os educadores ainda seguem os costumes de ensinar
Apenas o que se têm dentro da sala de aula. Não buscam novas possibilidades
de ensino, até mesmo pelo comodismo. Hoje, a variedade de pesquisas é ilimitada.
As escolas precisam ser mais ativas, têm que haver mudanças em seus conteúdos.

Os professores, precisam despertar a curiosidade nos alunos, estimular a capacidade
de refletir, investigar, solucionar problemas. E assim formar um estudante crítico, inovador.
E assim quebrar com esses vidros, que são obstáculos para impedir que os alunos cresçam.

Trago um texto para reflexão:



"Há escolas que são gaiolas, e há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas, existem para que os pássaros

Desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são
Pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode
levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre
Têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência
Dos pássaros é o voo. O professor considera o aluno obra de
Arte quase inacabada. Ama-o como se fosse um anjo. E nunca
Vai matar-lha no peito, a vontade de ser livre."


(RUBEM ALVES)




Janaina Oliveira

O vídeo “Quando a escola é de vidro” me fez voltar ao tempo e me ver enquadrada nessa forma de ensino. Lembro-me que o professor era o dono da razão e o que ele dizia deveria ser seguido sem questionamentos. Inúmeros conteúdos foram decorados simplesmente para que tirássemos notas nas avaliações. Os conteúdos eram passados de forma isolada e não sabíamos o porquê de estudarmos aquilo.

Não é possível usar um molde fechado e único para todos os alunos e conseguir com que todos tenham o mesmo desempenho. Vejo claramente a diferença do ensino de quando eu era criança do ensino que meus alunos têm hoje. As disciplinas e os conteúdos são interligados. As aulas são dinâmicas, os alunos participam do processo de aprendizagem de forma ativa e a individualidade de cada um é respeitada. Mas muitas escolas ainda precisam mudar. Ainda existem instituições de ensino que mantém seus alunos “dentro do vidro”. Evitar a escola de vidro é proporcionar ao aluno um aprendizado lúdico, gostoso e assim o conhecimento vem naturalmente. Quando usamos situações do dia a dia dos alunos os conteúdos são assimilados bem mais facilmente pois, esse conhecimento é associado com a vivência de cada um; diferente da escola tradicional onde é utilizado o método da “decoreba”; A preocupação principal do professor é vencer o conteúdo proposto e que os alunos tirem notas nas avaliações. É preciso entender que cada aluno é um ser diferente; tem pensamentos diferentes, tem um ritmo de aprendizagem diferente e também possui habilidades e competências diferentes e que devem ser respeitadas.

Leiridjeine Leal

É notável o quanto evoluiu os métodos de ensino das escolas públicas e particulares nos dias de hoje, talvez um pouco mais nos particulares por terem condições de trocarem os “vidros” por outros métodos mais qualificados e atuais, o que quase não é possível nas escolas públicas. Métodos esses que nem sempre levavam ao conhecimento, mas a um aprendizado decorado.

Ainda é preciso mudar, evoluir mais. É preciso mudar a forma de lecionar, para que possamos estar sempre acompanhado o progresso de nossas crianças, se desprender dos materiais básicos, ser inovador, para despertar curiosidade, prender a atenção do aluno. Devemos evitar que antigos conceitos atrapalhem a inovação do método educacional.




Irenilda Lima

A escola de vidro foi muito frequente no passado, no famoso ‘tempo da palmatória’’ onde o ensino era rígido e autoritário, os alunos não tinham o direito de se expressar e opinar sobre o que os professores ensinavam, as crianças eram oprimidas e pressionadas a aprender, aquelas que tinham dificuldades em aprender eram castigadas, era normal aplicar castigos como palmadas, e puxões de orelhas, era literalmente uma escola de vidro onde os alunos tinham que concordar com o que não queriam. Ainda existem atualmente escolas de vidro, porém agora os alunos têm mais liberdade para se expressar, e concordar ou não com o professor.

A questão preocupante é a existência de escola de vidro na educação infantil, pois existem muitos professores que ainda passam esse regime de autoritarismo para os seus alunos, muitas vezes não é na imposição de conteúdo mais em questões de costumes, crenças, etnocentrismo, preconceito, racismo etc. É de extrema importância o acompanhamento da família na educação escolar, os pais devem atentar-se para os pensamentos que a escola tem desenvolvido na mente das crianças, evitando a influência da escola de vidro.

Os professores devem atentar-se para que os métodos usados na educação não pressionem o aluno a aprender sob pressão pois de fato essa metodologia não funciona apenas obrigam os alunos a decorar o conteúdo. Deve ser empregado na educação o relativismo cultural, demonstrando que existem pessoas diferentes com pensamentos diferentes, que aprendem cada uma a sua maneira e no seu ritmo, deve ser elaborado métodos de ensino que ajudam os alunos a se expressar, a ter autonomia, e opinião própria, ajudando aqueles que tem dificuldades em aprender, de maneira não se sintam presos dentro de um vidro.



Betânia Silva

"A escola de hoje, onde não há palmatória, onde quase não há castigo, não tem uma imagem melhor, em relação à alegria, do que a mais rude escola do passado"(Snyders,1993, pg 14)

Pois é meninas, eu tenho irmãos da época da palmatória, imagina? Para meus irmãos foram impostos o hábito de ficarem dentro dos vidros, e o pior, eles se adaptavam, segundo seus relatos a forma de vidro e acabavam se sentindo desconfortáveis fora dele.

Na minha época foi digamos "melhorzinho”, dessa vivida por meus irmãos, mas nós da minha época, tínhamos também que ficarmos quietos, sentados, escutando o que era passado pelo professor.

Não posso reclamar de alguns professores que tive, principalmente de minha primeira professora.

O mundo a ser descoberto pelos alunos não pode se limitar a quatro paredes, há muito a ser conhecido e experimentado além do que está nos livros didáticos.

"...com perseverança e esperança na mudança, possibilitar a construção de um mundo escolar que não seja a parte, que não esteja em uma redoma de vidro com seus saberes aprisionados, mas sim, um mundo em que é estranhamento causado frente ao irreverente possa ser um motivo para ultrapassar os medos, os limites, e assim alcançar a mudança, o novo, tão falado e assustador NOVO. “Catana Rede Cruz

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